ESPORTE

Estar no mundo dos esportes pode ser um tanto difícil. É uma longa jornada e ou digo e repito, é uma jornada extremamente pessoal.

É sobre conhecer a si mesmo, sobre lidar com as frustrações, lidar com seus limites e respeita-los, sobre trabalho em equipe e competitividade.  Bem o Esporte é realmente muita coisa.

Não importa que tipo de esporte voce pratique, eu porem vou contar sobre minhas experiencias.

Bem eu sou uma pessoa dos esportes, e com um pai formado em educação física não podia ser diferente. mas eu adoro, até é uma das minha opções de faculdade.

Adoro dança e a paixão começou logo no começo, como toda a história clássica minha mãe me colocou no ballet quando pequenina. E cara eu gostava muito, fiz alguns anos e adorava as apresentações eu me sentia magnifica literalmente como se estivesse voando. Uma das coisas que mais me machucam foi como eu me mudei de cidade e tive que sair do ballet um ano antes de entrar na sapatilha de ponta, que para uma jovem bailarina é como viver um sonho literalmente subir de nível.

Quando mudei de cidade não pude fazer ballet porque o meu horário escolar não permitia, estudava integralmente e a escola dava um limite de esportes que vc poderia fazer sendo um de manhã e dois a noite em dias alternados, de manhã até tinha o ballet como opção, mas queria algo novo, então comecei no Jazz, outra paixão com certeza parecia mais adequado para mim que ballet, sem perder a admiração pela dança clássica claro. Nesse mesmo ano nos apresentamos em um teatro, foi uma das experiencias mais louca da minha vida, que infelizmente quase não me lembro, e como a desgraça em minha vida meu pai perdeu o celular com todas as fotos e vídeos desse dia, bem é ai que voce vê como as fotos físicas fazem falta.

Ainda na mesma escola fazia dois esportes a noite, em dia diferentes, o vôlei e o basquete.

O vôlei era legal e eu até sou razoável, mas não me pegava muito e até hoje não me indentifico com ele embora por outros motivos.

Ah mas o basquete eu realmente me apaixonei, como nenhum esporte anterior tinha me feito antes de um jeito tão diferente, não delicado e calculado, e ensaiado como a dança, de um jeito violento, cheio de improviso, pensamento rápido trabalho em equipe não individualista. SIMPLISMENTE INCRÍVEL.

Sério eu amo esse esporte, me arrisco a dizer que um dos únicos que nunca vou ter vontade de abrir mão.

Nova casa, novo estado, novos esportes, com nenhuma possibilidade de basquete a vista oque restava era conviver com oque eu tinha.

Fiz um tempo de surfe, foi legal até peguei umas ondinhas, e ganhei uma prancha linda, uma pena que nunca cheguei a aprender a fazer isso sozinha ou na minha própria prancha, bem o dinheiro acabou então nada de aulas de surfe. 

Porém vieram outros ao atravessar meu caminho, a canoagem foi muito massa meu tio por parte de pai trabalha com isso, então apesar de não estar na equipe nem nada acabava regularmente remando no meio do mar.

E algo mais terrestre mas não menos importante, arriscaria dizer um dos mais antigos esportes da minha vida que ainda não foi citado. A capoeira, meu pai fez capoeira desde pequeno, e foi alguém importante ao espalhar a cultura da capoeira apesar de nunca ter formado com o cordão de mestre, ele até já foi para o Chile levando a capoeira, até  eu me impressiono com isso.

Então o porque dela entrar tão tarde assim nesse texto? Bem apesar de saber coisas que meu pai me ensinava, foi a primeira vez que treinei de verdade em uma academia, com outros mestre e alunos mesmo, é uma das melhores experiencias da vida, sério se tiverem a chance participem de uma roda de capoeira, a força e a leveza unidas de forma graciosa o ritmo e a história presente e passado unidos em um só. Uma das minhas partes favoritas sem surpresa é o maculele uma dança cheia de força, instinto e graça.

Bem mais um tempo se passa mais uma mudança de cidade, e por um tempo nenhum esporte na minha vida que apesar de parecer miserável, mas pude focar em outras coisas que amo como a arte.

Então na escola mesmo educação física o meu primeiro interclasse/interescola (como voce chamar onde voce mora), fui encaixada em duas modalidades handebol e vôlei, handebol o mais fácil, parecido com basquete foi divertido, joguei com tudo oque eu tinha enquanto as pessoas do meu time eram trocadas de tempo em tempo, eu continuei sem pausa, não ganhamos quase nenhum jogo, mas eu não parava não podia. E talvez eu lembre disso ser mais grandioso do que realmente foi.

No vôlei foi um completo desastre que prefiro nem comentar, e com certeza ajudou a ainda hoje eu não gostar do esporte.

Nesse tempo arranjei um jeito de fazer basquete em clube da cidade, cheguei a competir uma vez e cara foi vitória e foi uma das melhores sensações da minha vida.

Então veio a pandemia e tanto tempo parada foi um pouco difícil voltar, mas quando me mudei de novo as coisas iriam mudar.

Atualmente onde estou é incrivelmente onde menos pratico esportes específicos sabe? Faço aulas de tecido acrobático e é demais, literalmente realizei meu sonho interior de ser acrobata, é perfeito, envolve força, psicológico, enfrentamento dos medos, time ritmo, tudo que eu gosto além de ser esteticamente demais. Uma pena que em nenhum lugar aqui tenha aulas de basquete mas felizmente ainda posso praticar nas aulas de educação física. E a capoeira penso sériamente em voltar, porém estudando de manhã e a tarde na maioria dos dias mal tendo tempo para o tecido fica complicado.

E como iniciei o texto, assim o termino dizendo oque é o esporte para mim: É oque te faz bem, te incluí, te abraça, te derruba, te levanta, te pressiona, te relaxa....

Faz voce entrar em paz com sigo mesmo, tem altos e baixos, vitórias e perdas.

A satisfação de uma vitória depois de tanto esforço, e a frustração da perda.

Para mim o esporte é tudo esforço, cansaço, dor, e cara como isso me faz sentir viva, toda vez que caio e tenho força para levantar e bater mais forte.